A saúde é uma das áreas rigidamente divididas com base no sexo assignado ao nascimento. Por exemplo, enfermarias masculinas e femininas em hospitais, lares de idosos (RSA) e casas de saúde. Além disso, os profissionais de saúde muitas vezes ficam desorientados diante de uma pessoa transgênero, sentindo-se inquietos na interação com ela e com dificuldades em compreender suas necessidades específicas de saúde. Os profissionais frequentemente afirmam que não compreendem a necessidade de falar sobre identidade de gênero no contexto de uma visita de saúde; de fato, recolher essas informações pode ser crucial para uma avaliação clínica precisa. Infelizmente, a abordagem da identidade de gênero raramente feita de modo adequado nos cursos de treinamento, deixando os profissionais despreparados para lidar com pacientes transgênero. A falta de conhecimento é com frequência agravada por preconceitos e atitudes negativas que os profissionais podem alimentar, mesmo inconscientemente, em relação às pessoas transgênero, o que afeta negativamente a qualidade da relação clínica e do serviço prestado. Portanto, é importante não apenas eliminar a discriminação, mas também assegurar às pessoas transgênero que elas sejam bem-vindas.
American Psychological Association. Guidelines for psychological practice with transgender and gender nonconforming people. Am Psychol. 2015;70(9):832-64.
Boehmer U, Case P. Physicians don't ask, sometimes patients tell: disclosure of sexual orientation among women with breast carcinoma. Cancer. 2004; 101(8):1882-89
Graglia M. (2012). Omofobia: Strumenti di analisi e di intervento. Carocci Editore, Roma, 2012.
Lorenzetti A, Viggiani G. Hard Work. Edizioni ETS, Pisa, 2016.
Harrison J, Grant J, Herman JL. A gender not listed here: Genderqueers, gender rebels, and otherwise in the National Transgender Discrimination Survey. LGBTQ Public Policy Journal at the Harvard Kennedy School. 2012; 2:13-24.
Institute of Medicine (IOM). The Health of Lesbian, Gay, Bisexual, and Transgender People: Building a Foundation for Better Understanding. Washington: The National Academies Press. 2011.
Scandurra C, Amodeo AL, Valerio P, et al. Minority stress, resilience, and mental health: A study of Italian transgender people. Journal of Social Issues. 2017; 73(3):564-86.
Scandurra C, Mezza F, Valerio P, et al. Approcci affermativi e rilevanza del minority stress nel counseling psicologico con persone LGBT: Una revisione della letteratura internazionale. Psicoterapia & Scienze Umane. 2019; 53:67-92.
Spade D. Some very basic tips for making higher education more accessible to trans students and rethinking how we talk about gendered bodies. Radical Teacher. 2011; 92:57-62.
Valerio P, Bochicchio V, Mezza F, et al. Adattamento Italiano delle “Linee-guida per la Pratica Psicologica con Persone Transgender e Gender Nonconforming” dell’American Psychological Association. Ordine degli Psicologi della Campania: Collana Contesti Innovativi dell’Intervento Psicologico. 2018; 3.
Vitelli R, Scandurra C, Pacifico R, et al. Trans identities and medical practice in Italy: Self-positioning towards gender affirmation surgery. Sexologies. 2017; 26(4):35-70.
Linee-guida per la pratica psicologica con persone transgender e gender nonconforming (https://www.psicamp.it/index.asp?page=psicologia-transgender-linee-guida).