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Tratamento hormonal

A terapia hormonal é personalizada segundo necessidades individuais, fatores de risco e estado de saúde da pessoa.

Algumas (mas não todas) pessoas transgênero empreendem o processo de afirmação de gênero hormonal e/ou cirúrgico. Não é obrigatório. Além disso, o processo não é o mesmo para todas as pessoas, mas personalizado segundo as necessidades individuais. Nesta seção examinaremos a terapia hormonal. Existem recomendações (Normas de atenção) propostas pela Associação Profissional Mundial para a Saúde Transgênero (WPATH) e diretrizes científicas internacionais às quais os profissionais de saúde se referem para o tratamento hormonal. Uma pessoa que deseja empreender um programa médico de afirmação de gênero deve, portanto, entrar em contato com centros especializados. Infotrans.it oferece, na seção “Mapa de serviços”, uma lista de centros, na Itália, em condições de fornecer esta categoria de serviços.

Podem se submeter ao tratamento hormonal de afirmação de gênero pessoas que atendam aos seguintes requisitos:

  • disforia de gênero/incongruência de gênero persistente e bem documentada;
  • maioridade (para menores, consentimento para tratamento por ambos os pais ou outros tutores conforme a legislação vigente sobre menores: Artigo 3 da Lei No. 219/2017);
  • capacidade para decidir com pleno conhecimento e para concordar com o tratamento hormonal;
  • ausência de problemas de saúde física ou mental não razoavelmente bem controlados.

Não é necessário esperar um tempo mínimo de avaliação e apoio psicológico (o papel do psicólogo) ou transição social para começar a terapia hormonal. Entretanto, o médico que prescreve a terapia hormonal (geralmente um endocrinologista) tem a responsabilidade de garantir que esta é a melhor maneira de atender às necessidades do usuário e reduzir sua incongruência de gênero e/ou possível sofrimento, sem criar problemas de saúde. Por exemplo, em uma pessoa com câncer de mama, a terapia hormonal pode ter consequências muito negativas. Em outros casos, uma pessoa pode entender, também graças ao apoio psicológico, que é possível alcançar bem-estar psicológico vivendo e sendo reconhecida em seu papel de gênero desejado sem necessariamente empreender um processo médico de afirmação de gênero com hormônios. Isto também pode incluir a retificação de dados pessoais em documentos. Por tais razões, é importante que o médico trabalhe com uma equipe formada por vários especialistas com diferentes habilidades (como psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras, endocrinologistas, cirurgiões, etc.) que tenham experiência voltada para essa área e possam oferecer apoio abrangente à pessoa.
A terapia hormonal é personalizada, tendo em conta necessidades individuais, fatores de risco e estado de saúde. Obviamente, isto implica uma cuidadosa análise das expectativas das pessoas quanto aos efeitos da terapia hormonal, de forma que sejam realistas e correspondam às suas necessidades individuais. Mais uma vez, isto enfatiza a importância do trabalho multidisciplinar.
Por último, na Itália, a terapia hormonal pode ser prescrita gratuitamente se os critérios estabelecidos pela Agência Italiana de Medicamentos (AIFA) forem cumpridos, como descrito nas determinações AIFA no. 104272/2020 e no. 104273/2020 de 23 de setembro de 2020 (GU Serie generale no. 242 de 30-09-2020).


Bibliografia
Asscheman H, Giltay EJ, Megens JA, et al. A long-term follow-up study of mortality in transsexuals receiving treatment with cross-sex hormones. Eur J Endocrinol. 2011;164(4):635-42.
Coleman E, Bockting W, Botzer M, et al. Standards of Care for the Health of Transsexual, Transgender, and Gender-Nonconforming People, Version 7. Int J Transgend. 2012;13(4):165-232.
Fisher AD, Castellini G, Ristori J, et al. Cross-Sex Hormone Treatment and Psychobiological Changes in Transsexual Persons: Two-Year Follow-Up Data. J Clin Endocrinol Metab. 2016;101(11):4260-69.
Fisher AD, Gooren L. Encyclopedia of Endocrine Diseases (2nd Edition), edited by Ilpo Huhtaniemi and Luciano Martini, 2018 Elsevier Inc.
Hembree WC, Cohen-Kettenis PT, Gooren L, et al. Endocrine Treatment of Gender-Dysphoric/Gender-Incongruent Persons: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2017;102(11):3869-03. Erratum in: J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(2): 699. J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(7): 2758-59.
T'Sjoen G, Arcelus J, De Vries ALC et al. European Society for Sexual Medicine Position Statement "Assessment and Hormonal Management in Adolescent and Adult Trans People, With Attention for Sexual Function and Satisfaction". J Sex Med. 2020;17(4):570-584.
T'Sjoen G, Arcelus J, Gooren L, et al. Endocrinology of Transgender Medicine. Endocr Rev. 2019;40(1):97-117.

O objetivo da terapia de masculinização é reduzir as características sexuais femininas e induzir as masculinas. A terapia de masculinização é baseada na administração intramuscular do hormônio sexual testosterona através de injeções ou por via transdérmica (através da pele) com a aplicação de géis.
As primeiras mudanças nas características físicas ocorrem depois de 3 a 6 meses e incluem: fim da menstruação, engrossamento da voz, crescimento de pelos faciais e corporais, redução dos seios (hipotrofia do tecido mamário), aumento da produção de gordura pelas glândulas da pele (seborreia) e acne, inicial aumento do clitóris (hipertrofia clitoriana), aumento do desejo sexual, aumento da massa muscular e, em alguns casos, alopecia androgenética ou queda de cabelo devido à ação da testosterona.
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES:
AS INJEÇÕES DE TESTOSTERONA FUNCIONAM MELHOR DO QUE O GEL DE TESTOSTERONA?
Assim como em relação ao estrogênio na terapia de feminilização, não há estudos mostrando que as injeções são mais eficazes do que a aplicação de gel, ou vice-versa.
A TERAPIA HORMONAL DE AFIRMAÇÃO DE GÊNERO É SEGURA?
Existem alguns dados na literatura sobre a segurança das terapias hormonais feminilizantes, desmasculinizantes e masculinizantes a curto e médio prazos, indicando um perfil de segurança satisfatório em pessoas que estão com boa saúde geral e sendo cuidadosamente monitoradas ao longo do tempo. Até o momento, dados sobre tratamentos de longo prazo e/ou que cubram a vida inteira ainda são escassos. Por estas razões, é essencial que o início do tratamento hormonal seja precedido de verificações cuidadosas do estado de saúde da pessoa e aconselhamento minucioso sobre os perfis de risco e benefício das terapias e os resultados esperados, de modo a reduzir o risco de eventos adversos e insatisfação.
Também é recomendado fazer exames regulares de sangue e instrumentais, conforme considerado apropriado pelo seu endocrinologista (em geral a cada 3 meses no primeiro ano de tratamento e menos frequentemente depois). Um estilo de vida saudável também é recomendado durante o tratamento. Fumar, por exemplo, pode aumentar o risco trombótico (risco de formação de trombos) associado à terapia de estrogênio feminilizante e à terapia de testosterona masculinizante, já que torna o sangue mais espesso. Para mais informações sobre o que são “trombos” ou como parar de fumar, visite ISSalute.it nas seções: “Coagulo, trombo, embolo” ou “Telefono Verde contro il Fumo (TVF)”.


Bibliografia
Asscheman H, Giltay EJ, Megens JA, et al. A long-term follow-up study of mortality in transsexuals receiving treatment with cross-sex hormones. Eur J Endocrinol. 2011;164(4):635-42.
Coleman E, Bockting W, Botzer M, et al. Standards of Care for the Health of Transsexual, Transgender, and Gender-Nonconforming People, Version 7. Int J Transgend. 2012;13(4):165-232.
Fisher AD, Castellini G, Ristori J, et al. Cross-Sex Hormone Treatment and Psychobiological Changes in Transsexual Persons: Two-Year Follow-Up Data. J Clin Endocrinol Metab. 2016;101(11):4260-69.
Fisher AD, Gooren L. Encyclopedia of Endocrine Diseases (2nd Edition), edited by Ilpo Huhtaniemi and Luciano Martini, 2018 Elsevier Inc.
Hembree WC, Cohen-Kettenis PT, Gooren L, et al. Endocrine Treatment of Gender-Dysphoric/Gender-Incongruent Persons: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2017;102(11):3869-03. Erratum in: J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(2): 699. J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(7): 2758-59.
T'Sjoen G, Arcelus J, De Vries ALC et al. European Society for Sexual Medicine Position Statement "Assessment and Hormonal Management in Adolescent and Adult Trans People, With Attention for Sexual Function and Satisfaction". J Sex Med. 2020;17(4):570-584.
T'Sjoen G, Arcelus J, Gooren L, et al. Endocrinology of Transgender Medicine. Endocr Rev. 2019;40(1):97-117.

O objetivo da terapia de desmasculinização é reduzir as características sexuais masculinas. A terapia é baseada no uso de medicamentos antiandrogênicos (para bloquear os efeitos do hormônio testosterona), dos quais o acetato de ciproterona é o mais usado na Europa (e o que mais conhecemos em eficácia e riscos). A espironolactona pode ser uma boa alternativa, mas como também reduz a pressão arterial, geralmente é menos utilizada. Os medicamentos chamados “agonistas do hormônio liberador das gonadotropinas” (GnRH), que suprimem a produção de hormônios sexuais, também podem ser usados, em teoria, mas são muito caros e mais inconvenientes (já que só podem ser administrados por injeção, ao contrário dos outros mencionados).
A terapia de desmasculinização pode reduzir o crescimento de pelos, barba e a produção excessiva de sebo cutâneo. É importante estar ciente que esta terapia leva vários meses para induzir uma redução significativa dos pelos e, mesmo assim, procedimentos alternativos (eletrólise, por exemplo) são frequentemente necessários. Os antiandrógenos também pioram a função sexual (com perda frequente de ereções espontâneas e dificuldade de ereção durante o ato sexual), efeitos que podem ser desejados por algumas pessoas, mas não por outras. Também levam a uma diminuição do desejo sexual. A terapia de desmasculinização, se realizada na idade adulta, não consegue mudar o timbre da voz e torná-la mais feminina.
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES:
A TERAPIA HORMONAL DE AFIRMAÇÃO DE GÊNERO É SEGURA?

Alguns dados da literatura sobre a segurança das terapias hormonais feminilizantes, desmasculinizantes e masculinizantes, a curto e médio prazos, indicam um perfil de segurança satisfatório em pessoas com boa saúde geral e com monitoramento cuidadoso ao longo do tempo. Até o momento, dados sobre tratamentos de longo prazo e/ou que cubram a vida inteira da pessoa ainda são escassos. Por estas razões, é essencial que o início do tratamento hormonal seja precedido de avaliações criteriosas do estado de saúde e aconselhamento minucioso sobre os perfis de risco e benefício das terapias e os resultados esperados, de modo a reduzir o risco de eventos adversos e insatisfação.
Também é recomendado fazer exames regulares de sangue e instrumentais, conforme considerado apropriado pelo seu endocrinologista (em geral a cada 3 meses para o primeiro ano de tratamento e menos frequentemente depois). Um estilo de vida saudável também é recomendado durante o tratamento. Fumar, por exemplo, pode aumentar o risco trombótico (risco de formação de trombos) quando associado à terapia de estrogênio feminilizante e à terapia de testosterona masculinizante, já que torna o sangue mais espesso. Para mais informações sobre o que são “trombos” ou como parar de fumar, visite ISSalute.it nas seções: “Coagulo, trombo, embolo” ou “Telefono Verde contro il Fumo (TVF)”.


Bibliografia
Asscheman H, Giltay EJ, Megens JA, et al. A long-term follow-up study of mortality in transsexuals receiving treatment with cross-sex hormones. Eur J Endocrinol. 2011;164(4):635-42.
Coleman E, Bockting W, Botzer M, et al. Standards of Care for the Health of Transsexual, Transgender, and Gender-Nonconforming People, Version 7. Int J Transgend. 2012;13(4):165-232.
Fisher AD, Castellini G, Ristori J, et al. Cross-Sex Hormone Treatment and Psychobiological Changes in Transsexual Persons: Two-Year Follow-Up Data. J Clin Endocrinol Metab. 2016;101(11):4260-69.
Fisher AD, Gooren L. Encyclopedia of Endocrine Diseases (2nd Edition), edited by Ilpo Huhtaniemi and Luciano Martini, 2018 Elsevier Inc.
Hembree WC, Cohen-Kettenis PT, Gooren L, et al. Endocrine Treatment of Gender-Dysphoric/Gender-Incongruent Persons: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2017;102(11):3869-03. Erratum in: J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(2): 699. J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(7): 2758-59.
T'Sjoen G, Arcelus J, De Vries ALC et al. European Society for Sexual Medicine Position Statement "Assessment and Hormonal Management in Adolescent and Adult Trans People, With Attention for Sexual Function and Satisfaction". J Sex Med. 2020;17(4):570-584.
T'Sjoen G, Arcelus J, Gooren L, et al. Endocrinology of Transgender Medicine. Endocr Rev. 2019;40(1):97-1.

O objetivo da terapia de feminilização é induzir as características sexuais femininas. A terapia é baseada no uso de hormônios estrogênicos (para promover a feminilização).
Os estrogênios existem tanto na forma de comprimidos (valerato de estradiol) quanto como esparadrapos ou géis (estradiol ou estradiol hemi-hidratado). Os estrogênios redistribuem a gordura em sentido feminino (mais nos quadris e menos na barriga), fazem crescer os seios e, com os antiandrógenos, tornam a pele mais macia e menos gordurosa. O desenvolvimento da mama com terapia hormonal é altamente variável e imprevisível e não parece estar associado à tipologia de estrogênio utilizada. Cerca de 70% das mulheres transgênero fazem a mamoplastia de aumento (cirurgia com implantes mamários) por estarem insatisfeitas com seus seios após a terapia hormonal. Entretanto, como os seios podem continuar a crescer por pelo menos dois anos após o início da terapia hormonal, é recomendado que a mamoplastia de aumento não seja realizada até que esse tempo tenha decorrido. A terapia hormonal com estrogênios e antiandrógenos, se realizada na idade adulta, não muda o tom da voz e não pode torná-la mais feminina.
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES:
AS INJEÇÕES FUNCIONAM MELHOR DO QUE OS COMPRIMIDOS E OS COMPRIMIDOS FUNCIONAM MELHOR DO QUE O GEL OU OS ADESIVOS?

Não existem estudos que evidenciem que uma via de administração é melhor ou mais eficaz do que outra. Entretanto, o endocrinologista tem a função de verificar se os níveis de estrogênio no sangue da pessoa em terapia são apropriados, e ajustar a dosagem de comprimidos, gel ou adesivos, se este não for o caso. Terapia com gel ou adesivos e terapia com injeção podem ser preferíveis em pessoas com maior risco de formação de trombos (fumantes compulsivos, idade avançada, formação prévia de trombos). Entretanto, o estrogênio em ampolas (administrado por injeção) não está disponível na Itália. Para mais informações sobre o que são “trombos”, visite ISSalute.it em “Coagulo, trombo, embolo”.
POR QUE É MELHOR NÃO USAR ETINILESTRADIOL PARA O TRATAMENTO HORMONAL?
Etinilestradiol (geralmente contido em pílulas contraceptivas) é um hormônio semissintético (ou seja, parcialmente modificado em laboratório) que age como estrogênio. Muitas vezes é requisitado por sua suposta maior eficácia. Sua administração pode aumentar o risco de mortalidade por embolia pulmonar e ataque cardíaco e, por esta razão, seu uso não é recomendado. Para mais informações sobre embolia ou ataque cardíaco, você pode visitar ISSalute.it em “Embolia” ou “Infarto del miocardio”.
A PROGESTERONA PODE AJUDAR NO DESENVOLVIMENTaO DOS SEIOS?
Não há evidência de que a progesterona seja útil para acelerar o crescimento dos seios, mas parece aumentar o risco de tromboembolismo e AVC. Além disso, os progestógenos podem ampliar o risco de câncer de mama. Portanto, embora a progesterona seja frequentemente requerida por mulheres transgênero, os riscos associados ao uso desta droga e a falta de benefícios não justificam o seu uso. Para mais informações sobre AVC, visite ISSalute.it em “Ictus”.
A TERAPIA HORMONAL DE AFIRMAÇÃO DE GÊNERO É SEGURA?
Alguns dados da literatura sobre a segurança das terapias hormonais feminilizantes, desmasculinizantes e masculinizantes a curto e médio prazos indicam um perfil de segurança satisfatório em pessoas com boa saúde geral e com monitoração cuidadosa ao longo do tempo. Até o momento, dados sobre tratamentos de longo prazo e/ou que cubram a vida inteira da pessoa ainda são escassos. Por estas razões, é essencial que o início do tratamento hormonal seja precedido de avaliações criteriosas do estado de saúde e aconselhamento minucioso sobre os perfis de risco e benefício das terapias e os resultados esperados, de modo a reduzir o risco de eventos adversos e insatisfação.
Também é recomendado fazer exames regulares de sangue e instrumentais, conforme considerado apropriado pelo seu endocrinologista (em geral a cada 3 meses para o primeiro ano de tratamento e menos frequentemente depois). Um estilo de vida saudável também é recomendado durante o tratamento. Fumar, por exemplo, pode aumentar o risco trombótico (risco de formação de trombos) quando associado à terapia de estrogênio feminilizante e à terapia de testosterona masculinizante, já que torna o sangue mais espesso. Para mais informações sobre o que são “trombos” ou como parar de fumar, visite ISSalute.it nas seções: “Coagulo, trombo, embolo” ou “Telefono Verde contro il Fumo (TVF)”.


Bibliografia
Asscheman H, Giltay EJ, Megens JA, et al. A long-term follow-up study of mortality in transsexuals receiving treatment with cross-sex hormones. Eur J Endocrinol. 2011;164(4):635-42.
Coleman E, Bockting W, Botzer M, et al. Standards of Care for the Health of Transsexual, Transgender, and Gender-Nonconforming People, Version 7. Int J Transgend. 2012;13(4):165-232.
Fisher AD, Castellini G, Ristori J, et al. Cross-Sex Hormone Treatment and Psychobiological Changes in Transsexual Persons: Two-Year Follow-Up Data. J Clin Endocrinol Metab. 2016;101(11):4260-69.
Fisher AD, Gooren L. Encyclopedia of Endocrine Diseases (2nd Edition), edited by Ilpo Huhtaniemi and Luciano Martini, 2018 Elsevier Inc.
Hembree WC, Cohen-Kettenis PT, Gooren L, et al. Endocrine Treatment of Gender-Dysphoric/Gender-Incongruent Persons: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2017;102(11):3869-03. Erratum in: J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(2): 699. J Clin Endocrinol Metab. 2018; 103(7): 2758-59.
T'Sjoen G, Arcelus J, De Vries ALC et al. European Society for Sexual Medicine Position Statement "Assessment and Hormonal Management in Adolescent and Adult Trans People, With Attention for Sexual Function and Satisfaction". J Sex Med. 2020;17(4):570-584.
T'Sjoen G, Arcelus J, Gooren L, et al. Endocrinology of Transgender Medicine. Endocr Rev. 2019;40(1):97-117

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